Comunhão lança reflexão sobre a responsabilidade de ser espírita - Rádio Comunhão - Comunhão Espírita de Brasília

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Comunhão lança reflexão sobre a responsabilidade de ser espírita

O que torna o espírita um verdadeiro cristão? Qual a visão espírita sobre o sofrimento? O que uma pessoa deve fazer quando a mediunidade aflora?  Como a doutrina espírita se posiciona diante dos grandes desafios da vida?

Essas e outras questões permearam o tema “Ser Espírita” trazido pelo programa Comunhão Inspira realizado no último sábado (25/6), às 19h, no salão Bezerra de Menezes da Comunhão Espírita de Brasília. Desta vez, o palestrante convidado foi o presidente da Casa, Adilson Mariz.

Com mediação  do trabalhador espírita Ricardo Honório e transmissão ao vivo pela Rádio e TV web da Comunhão, o programa propôs uma reflexão sobre a responsabilidade do espírita na construção de um mundo melhor e respondeu às perguntas da plateia sobre aspectos da existência humana.
Adilson Mariz introduziu o tema informando sobre o trabalho desenvolvido pela Comunhão, que conta atualmente com mais de 6 mil voluntários e 204 grupos mediúnicos responsáveis pelos atendimentos realizados dentro e fora da instituição.

“A Comunhão Espírita de Brasília funciona como universidade, levando aos indivíduos os ensinamentos morais de Cristo; e como hospital, socorrendo aqueles que buscam o equilíbrio físico, emocional e espiritual”, explicou.

Para Ricardo Honório, cada casa espírita tem uma missão a  cumprir e a Comunhão é a porta de entrada para o conhecimento da doutrina. “Há muitos irmãos que procuram a casa pela dor, na intenção de resolver seu problema de forma imediata, e acabam sendo levados ao entendimento do espiritismo”.

Adilson lembrou que a Comunhão também tem a missão de formar médiuns para atuar em outros centros espíritas. “A cada semestre formamos cerca de 250 médiuns, que são orientados para trabalhar em centros espíritas próximos de suas residências”, disse.
Sobre o perfil do público que frequenta a casa espírita, ele esclareceu que nem todos são espíritas. “Muitos têm outra orientação religiosa (são católicos, evangélicos ou de religiões afro) e outros vêm por curiosidade”.

Segundo Adilson, aqueles que decidem permanecer no centro para estudar a doutrina costumam ter duas reações: ou se identificam com a proposta de renovação íntima do espiritismo e seguem firmes, ou se afastam, alegando que “ser espírita dá muito trabalho”.


O verdadeiro espírita

Sobre a definição do que é ser um verdadeiro espírita, Adilson e Ricardo Honório recorreram ao Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 17, 4: Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências.    

“Não dá para ser o mesmo depois de ser apresentado à doutrina espírita, que busca os ensinamentos de Jesus”, ressaltou Adilson, mostrando que não há diferença entre o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão.

Visão espírita do sofrimento     
            
Um dos méritos da doutrina espírita é explicar as razões do sofrimento, resultado das escolhas que fazemos nesta vida ou ao longo das reencarnações. Por isso, para Adilson, o espiritismo é um convite à renovação da consciência.

“Não basta passarmos pela dor, é preciso saber por que estamos passando. Quanto maior for o conhecimento, maior será a responsabilidade das nossas ações. Por isso precisamos trabalhar cada vez mais para o Cristo”, alertou.

Ricardo Honório lembrou que a evolução espiritual do homem depende de duas asas. “Precisamos nos desenvolver  moral e intelectualmente. O intelecto se desenvolve com o conhecimento, mas o que iremos fazer com esse conhecimento é responsabilidade nossa”.

Ele lembrou que Jesus, ao ser crucificado, pediu ao Pai para perdoar os pecados dos seus ofensores porque não sabiam o que estavam fazendo. “Eles não  tinham o conhecimento, mas nós tivemos a oportunidade de adquirir esse conhecimento e sair da ignorância”, comparou.

Mediunidade com Jesus           

Ao responder às perguntas da plateia sobre mediunidade, Adilson afirmou: “O melhor aprendizado para ter uma mediunidade equilibrada  é sendo íntegro. A mediunidade é um instrumento que nos foi dado para acelerar nossa evolução, resgatando questões do passado”, esclareceu o dirigente.
Segundo ele, fazer o bem, estudar, vigiar os sentimentos, o pensamento e a fala  são comportamentos que promovem equilíbrio e devem ser adotados pelo médium.

Postura dos espíritas: acolher e esclarecer  

Perguntado sobre qual deve ser a postura dos espíritas na política, Adilson afirmou que nenhum posicionamento de natureza política deve ser levado para o interior da casa espírita.

“Como cidadão eu tenho o direito e o dever de me posicionar politicamente, mas  minha posição não pode ser levada para o centro espírita. Não podemos misturar as coisas. Devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, disse.

“Se não concordamos com a eleição de determinado político, devemos agir com cristãos: orar por ele e torcer para que o projeto dê certo, independentemente de quem seja”, orientou.

Quanto ao posicionamento da doutrina espírita com relação à homossexualidade, ele lembrou que “o papel da doutrina espírita não é julgar, e sim acolher, esclarecendo que as decisões adotadas pelo Espírito repercutem na consciência, porém o que salva a pessoa não é apenas a conduta sexual, mas, principalmente, a prática do bem”.

E para quem quiser estudar mais sobre o assunto, sob a ótica espírita, Adilson recomendou a leitura do livro “Sexo e Obsessão”, do espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco.

Relato de quando Jesus chorou     

Durante o programa, Adilson citou uma passagem do livro “A Vida escreve”, psicografado por Chico Xavier, de autoria do espírito Hilário Silva, para destacar a importância de viver na prática os ensinamentos de Jesus.

No relato, o médium e trabalhador espírita Eurípedes Barsanulfo (1880 – 1918), em desdobramento espiritual, vê-se, de repente, diante de Jesus. O Mestre chorava. Então Eurípedes pergunta ao Cristo se as lágrimas derramadas eram por aqueles que não acreditavam em sua palavra. E Jesus respondeu: Não, meu filho choro por aqueles que conhecem o meu  Evangelho e não o vivenciam.

“Depois dessa experiência, Eurípedes não parou mais de trabalhar, dedicando-se ao amparo dos necessitados”, exemplificou Adilson Mariz.

Uma vez mais, as reflexões trazidas pelo “Comunhão Inspira” reforçaram a orientação do Espírito de Verdade contida no Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec (Cap. VI, item 5):
Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo.   

Texto e fotos: Arlinda Carvalho

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